sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sonhos e visões


Ele acordou, trabalhou, comeu e dormiu. Faz isso há dias, tem a mesma rotina há anos. Vida sem graça, vida medíocre. Você acha essa palavra muito forte? Medíocre é tudo o que fica entre o bom e o mal, não é grande, nem pequeno, é mediano, quase sofrível, previsível. Seu presente era assim, os dias não lhe traziam nenhuma surpresa.

Sampaio tinha sonhos (por que não chamá-los de delírios?). Sonhava com uma casa maior, um carro melhor, uma promoção no trabalho, em ter tempo para os amigos, ter filhos... e de devaneio em devaneio suspirava, imaginando como tudo seria diferente se... Sempre tinha um SE em seu caminho.

Sua vida passaria despercebida se não fosse um “CERTO DIA” - duas palavrinhas quase mágicas que ele leu no Sagrado Livro:
“Certo dia o Senhor Deus disse a Abrão: - Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que eu lhe mostrarei. Os seus descendentes vão formar uma grande nação. Eu o abençoarei, o seu nome será famoso, e você será uma bênção para os outros. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o almadiçoarem. E por meio de você eu abençoarei todos os povos do mundo. Abrão tinha setenta e cinco anos quando partiu de Harã, como o Senhor havia ordenado.” Gênesis 12.1-3

Abrão era mais um entre os da sua família. A vida seguia seu curso, sem novidades, sem surpresas, até que CERTO DIA Deus resolveu lhe dar uma visão, visão de futuro, visão de vida. Há uma grande diferença entre sonho e visão. Sonho vem do coração do homem, visão vem da boca de Deus.
Enquanto sonhamos os nossos sonhos limitados vivemos uma vida sem perspectiva. Mas quando andamos com Deus, Ele nos faz viver coisas inimagináveis.

Abrão ouviu a direção de Deus e o obedeceu imediatamente (uma visão começa com uma ação, um movimento). Sua vida ganhou novos rumos, um novo sentido para ele e para os que viriam depois dele. Abrão saiu do meio dos seus parentes, foi morar em outra terra, formou sua própria família com sua
esposa (que até então era estéril) mudou de nome e deu origem ao povo judeu. 

Quem poderia sonhar essa vida para Abrão? Somente Deus.

“Será que Deus tem uma visão para minha vida?”, pensava Sampaio. “O presente eu já conheço, mas o que Deus tem pra mim no futuro? Quero viver segundo a visão de Deus pra minha vida!”. E assim Carlos fez o primeiro movimento, uma oração, e foi dormir ansioso para sonhar os sonhos de Deus. 

Aline Cândido

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Um líder pra chamar de seu



Você já leu a passagem de quando Jesus chamou os primeiros discípulos?

Jesus estava andando pela beira do lago da Galiléia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse: - Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente. Então eles laragaram logo as redes e foram com Jesus. (Mateus 4.18-22)

Lendo esse texto parece que Pedro, André, Tiago e João eram um bando de malucos desocupados que "do nada" resolveram seguir a Jesus.
Você deixaria sua família e seu trabalho para seguir alguém que mal conhece? Provavelmente não. E realmente não foi isso que aconteceu.

Mateus quando escreveu, já tinha o contexto na cabeça e só queria deixar registrado "o chamado" dos primeiros discípulos. Mas Lucas, que era historiador (e não era judeu) investigou e nos contou a história com detalhes, tim tim por tim tim.

Certo dia Jesus estava na praia do lago da Galiléia, e a multidão se apertava em volta dele para ouvir a mensagem de Deus. Ele viu dois barcos no lago, perto da praia. Os pescadores tinham saído deles e estavam lavando as redes. Jesus entrou num dos barcos, o de Simão, e pediu que ele o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se e começou a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, Jesus disse a Simão: - Leve o barco para um lugar onde o lago é bem fundo. E então você e os seus companheiros joguem as redes para pescar.
Simão respondeu: - Mestre, nós trabalhamos a noite toda e não pescamos nada. Mas, já que o senhor está mandando jogar as redes, eu vou obedecer.
Quando jogaram as redes na água, pescaram tanto peixe, que as redes estavam se rebentando. Então fizeram um sinal para os companheiros que estavam no outro barco a fim de que viessem ajudá-los. Eles foram e encheram os dois barcos com tanto peixe, que os barcos quase afundaram. Quando Simão Pedro viu o que havia acontecido, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: - Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador! 
Simão e os outros que estavam com ele ficaram admirados com a quantidade de peixes que haviam apanhado. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão, também ficaram muito admirados. Então Jesus disse a Simão: - Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente. 
Eles arrastaram os barcos para a praia, deixaram tudo e seguiram Jesus. (Lucas 5.1-11)

Você deve conhecer a fama de Pedro, um homem teimoso e rude. Quando Jesus pediu a ele que jogasse as redes para pescar, ele bem que poderia ter respondido: "- Fala sério, Jesus, você é marceneiro, o que entende de pescaria? E além do mais, eu já lavei as redes, já guardei tudo, encerrei por hoje".
Mas Jesus não era mais um desconhecido para Pedro. Ele assistiu de camarote enquanto Jesus ensinava as multidões (Jesus estava no barco de Pedro). Alguma coisa em Jesus fez com que Pedro confiasse plenamente nele (ninguém sabia que Jesus era Deus, apenas percebiam que ninguém falava como ele!).
E então Pedro responde a Jesus: "- Nós trabalhamos a noite toda e não pescamos nada. Mas, já que o senhor está mandando jogar as redes, eu vou obedecer."

Dá pra ver submissão e obediência nas palavras de Pedro. Ele encontrou um mestre, alguém em quem confiar, buscar direção.

A palavra OBEDECER está riscada da vida de muitos cristãos hoje em dia. Por quê? Orgulho? Vaidade? Deus instituiu lideranças para o nosso bem. Não é bom confiar e agir seguindo uma direção? Todo mundo precisa de um líder, alguém que seja 100% cristão e que tenha sabedoria divina.

O resultado da obediência de Pedro nós vemos a partir do versículo 6: bênçãos em abundância, experiência com Deus, arrependimento, mudança de vida!

E você, tem um líder pra chamar de seu? Deus tem guiado sua vida por meio dele?

Aline Cândido 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Socorro às vítimas do RJ e de SP

Estamos na mobilização de Socorro às vítimas das enchentes do RIO DE JANEIRO e SP! Você pode falar c/ vizinhos, amigos, e enviar a lista abaixo aos seus contatos tbm! Ajude!
"Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios." (Salmos 82:3,4)


O QUE FAZER:
1) Separar ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS (Arroz, Feijão, Macarrão, Ervilha, Milho, Leite e Leite em Pó, Sal/Açucar, Molho de Tomate, Farinha, Bolachas, Achocolatados, etc)

2) Separar PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL
(Escova de dentes, Pasta de dentes, Sabonete, Toalhas de banho, Papel Higiênico, Shampoo e Condicionador, Fraldas, etc.)

3) Separar PEÇAS DE VESTUÁRIO E CAMA - Masc. Fem. e Infantil
(Calças, Camisetas, Agasalhos, Calçados Infantis e Adultos, etc -  E ainda: Cobertores, Mantas, Lençóis, etc.)


ONDE/QUANDO LEVAR:

IGREJA BATISTA METROPOLITANA:
R. Pio XI, 21 - Lapa - Cep: 05060-000
Domingos: 9h30 às 12h e 18h às 20h30



VAMOS JUNTOS!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

2011 chegou!


2011 chegou. E já faz mais de uma semana, eu sei. É que 2010 foi um ano tão especial pra mim que demorei pra me despedir. Os primeiros 8 meses eu curti minha gravidez e os últimos 4 curti a minha filha todos os dias, a Malu. 
Sempre dizemos que o ano novo vai ser melhor, mas será que vai mesmo? O que você vai fazer pra que ele seja diferente?
O tempo passa e quando percebemos já nos tornamos aqueles "crentes velhos", cheios de manias, de preconceitos, de calos... Nossa lamparina vai se apagando e nos acostumamos com a escuridão novamente.


A palavra que ouvi no 1º culto de 2011 foi o que me despertou. Nesse novo ano eu quero reafirmar meu amor e meu compromisso com Jesus. Quero que o amor que Ele me deu se estenda a todos que estão ao meu redor. Mas para que isso aconteça, a luz de Cristo precisa voltar a brilhar em minha vida. É preciso voltar ao primeiro amor, sentir aquele desejo incontrolável de compartilhar as "boas notícias" com quem precisa. Não podemos nos conformar com as experiências que tivemos no passado. Que nossa experiência mais recente com Deus seja no máximo a meia hora atrás.

João começou a escrever o evangelho falando do Verbo, da Palavra, ou seja, de Jesus. Ele disse: "Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas e nada do que existe foi feito sem ela. A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la". (João 1.2-5)

Sem ele não existiríamos, não seríamos o que somos hoje. Ele é a nossa vida, a nossa luz. Nada que aconteça em 2011 pode fazer essa luz se apagar. Deixe Jesus brilhar em sua vida para que a Sua luz alcance outros nesse ano que se inicia. Eu vou fazer o mesmo! Feliz 2011! 

Aline Cândido

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Natal


Diminua o ritmo. Atrase o passo. Pare um pouco. Escute o silêncio. Desligue a TV e o computador. Se afaste do celular e de outras distrações. Conte até dez. Ouça seu coração. Olhe para dentro. Perceba o que realmente está sentindo.

É Natal. Mas como vai ser o SEU natal? Cores, comidas, cânticos? Presentes, panetones, papai noel?
Jesus. Jesus no princípio, no meio e no fim. 


"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." Romanos 11.36


Feliz Natal!

Aline Cândido

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tradições

“Deus ajuda a quem cedo madruga”. Existem ditados que de tão populares são confundidos e declarados como versículos bíblicos.
Da mesma forma há tradições que passam de geração em geração e são ensinadas como sendo mandamentos de Deus. Jesus falou sobre isso na passagem que está em Marcos 7.1-13.
Os judeus, especialmente os fariseus, seguiam os costumes que receberam dos antigos, entre eles, o costume de lavar as mãos antes de comer. Ao perceberem que alguns discípulos não faziam isso, questionaram a Jesus com um tom de acusação.
Alguns costumes estão tão arraigados na nossa cultura que os confundimos com a verdade, com a vontade de Deus, e assim vamos ensinando a filhos e netos tradições vazias.
Jesus disse: “A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus […] Vocês desprezam a Palavra de Deus trocando por ensinamentos que passam de pais para filhos. E vocês fazem muitas outras coisas como esta” (Marcos 7.7,13).
Desde que comecei a ler a bíblia (há mais ou menos 10 anos), comecei a questionar as tradições religiosas que aprendi e verificar se elas realmente foram ensinadas por Deus na bíblia. Pense você também e avalie se as tradições que você segue são humanas ou se estão na Palavra de Deus. É preciso uma boa dose de coragem e disposição para reconhecer e mudar, mas vale a pena, afinal de contas a quem queremos agradar?
“Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo”. (Gálatas 1.10)
Aline Cândido

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Voz de Deus


“E depois do terremoto um fogo...e depois do fogo uma voz mansa e delicada.” (1 Reis 19.12)

Perguntaram certa vez a uma pessoa que progredia rapidamente em seu conhecimento do Senhor, qual o segredo do crescimento espiritual. Ela respondeu concisamente: “Obedecer aos sinais”. E a razão porque tantos de nós não temos mais conhecimento e compreensão do Senhor é que não damos atenção aos seus delicados sinais, seus delicados toques de frear e refrear. Sua voz é mansa e delicada. Uma voz assim é antes sentida do que ouvida. É uma pressão suave e constante sobre o coração e a mente, uma voz mansa, quieta e quase timidamente expressa no coração – mas que se ficarmos atentos, silenciosamente, vai se tornando cada vez mais clara aos ouvidos do entendimento. Sua voz é dirigida ao ouvido que ama, e o amor está sempre atento ao mais leve sussurro. Há um tempo, também, em que o amor cessa de falar, se não o atendemos ou não cremos nele. Deus é amor, e se você quer conhecê-lo e à sua voz, dê constante atenção a seus delicados toques. Em conversa, quando prestes a dizer uma palavra, dê atenção àquela voz mansa, atenda o sinal e refreie-se de falar. Quando prestes a seguir em uma direção que lhe pareça clara e correta, se vier quietamente ao seu espírito uma sugestão que traz em si quase a força de uma convicção, preste-lhe ouvidos, mesmo que do ponto de vista humano a mudança de planos pareça uma grande loucura. Aprenda, também, a esperar em Deus para saber o desenrolar da sua vontade. Deixe que Deus forme os planos a respeito de tudo o que está no seu coração e mente e deixe também que os execute. Não possua nenhuma sabedoria própria. Muitas vezes sua maneira de executar o plano parecerá contrária ao plano que ele próprio deu. Poderá parecer que ele está trabalhando contra si mesmo.  Simplesmente ouça e obedeça a Deus, e confie nele, mesmo que isso pareça a maior tolice. Ele fará que no fim todas as coisas cooperem para o bem.

Assim, se você quer conhecer sua voz, não pare para pensar o que poderá acontecer. Obedeça, mesmo quando lhe pedir para avançar no escuro. Ele mesmo será sua gloriosa luz. E em seu coração brotará uma afeição e comunhão com Deus poderosa em si mesma para conservá-lo junto à ele, mesmo nas provas mais severas e sob as maiores pressões. – Way of Faith

Extraído de: Mananciais no Deserto vol.1 – Devocional 03.10.10

domingo, 12 de setembro de 2010

A maternidade e o amor


É manhã de domingo. O silêncio do dia com o canto dos pássaros ao fundo me fizeram parar por um momento e refletir. Tenho em meus braços minha filha, de apenas 12 dias - meio metro de gente, um mini humano muito fofo, com um rosto angelical. Ela é pequena mas muito bem desenhada. Seu nariz, sua boquinha, seus dedinhos, tudo é perfeito. Apesar da pouca idade ela já reconhece meu cheiro e minha voz.

Não tem como não se emocionar ao pegá-la nos braços e ouvir o som da sua respiração, observar seu sono e alguns sorrisos ainda involuntários.
Não tem como não pensar em Deus diante de tudo isso. A geração de uma vida é uma engenharia muito complexa para ser obra do acaso. E penso que não só as transformações físicas (óvulo + espermatozóide = 1 célula = 1 bebê), mas também as transformações que ocorrem nos pais (seu modo de pensar, sentir e agir), tudo isso parece ser uma ferramenta de Deus, um meio pelo qual Ele nos ensina coisas novas.

Muitas vezes como filhos não conseguimos enxergar a dimensão do amor de nossos pais por nós. Quando nos tornamos pais conseguimos entender todo o zelo e amor com que nos criaram a vida toda. Pode ser que como filhos tenhamos noção do amor de Deus por nós, mas como pais, entendemos bem o que custou a Ele entregar seu único Filho para a morte, afim de nos salvar e nos levar para perto dEle. É muito amor.
O Senhor é misericordioso e compassivo, paciente e transbordante de amor. Salmo 145.8

Um dos versículos mais conhecidos da bíblia revela essa verdade:
Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. João 3.16-17
Amor não se explica por fórmulas matemáticas. Só quem experimenta o amor de Deus pode saber o que é. E esse amor se revela ainda mais na experiência da maternidade.

Quando solteira, preocupava-me comigo mesma. Quando casei passei a dividir meu amor e meus cuidados com meu esposo. Agora sendo mãe, é impossível ser egoísta. Nosso olhar se volta para o outro, para o próximo (ainda que o 1º próximo seja nosso filho). Posso dizer que essa é uma das lições de Deus para mim nesse novo momento da minha vida.

Ele tem me ensinado sobre o Seu amor, ainda que a minha compreensão humana seja limitada.
Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá... Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte, então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou conhecido. 1Coríntios 13.9-12
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1Coríntios 13.4-7
Resumimdo:
Nisto conhecemos o que é amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos... Não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade. 1João 3.16,18
Aline Cândido 

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aos meus amigos


 Há 10 anos entrei pela porta de uma igreja timidamente, como quem quer passar despercebida. Mas ao lado daquela porta havia alguém que olhava para o próximo, e essa pessoa, até então uma estranha pra mim, me recebeu com um abraço sincero – ela me abraçou como se abraça um amigo.

A igreja deve ser um local de amigos. Se voltarmos no tempo e pensarmos em Jesus e seus discípulos, veremos que Ele os tratava como amigos.

“Amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos… já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15.12-15).

Gosto de pensar em Jesus como um amigo. Quando eu era criança, tinha em mente que Deus era um cara barbudo e bravo, que ficava sentado num trono lá no céu, em meio as nuvens, jogando raios em quem fazia alguma coisa errada – uma figura inacessível!

Não é isso o que diz a bíblia. O texto de João diz que Jesus nos vê como seus amigos; Abraão também foi chamado “amigo de Deus” (Tiago 2.23); Quando Jesus se referiu à Lázaro, ele disse “nosso amigo Lázaro adormeceu” (João 11.11) – ele não disse “o querido irmão Lázaro”, ou “o membro da nossa comunidade Lázaro”, ou ainda “o servo Lázaro”.

O que vemos como igreja hoje é muito diferente daquele pequeno núcleo de pessoas que andava com Jesus. Eles não estavam fundando uma religião, antes, estavam se relacionando. Cristianismo é uma religião de amizade, de relacionamento – com Deus e com o próximo. Deus nos criou assim, e não para vivermos só.

O livro de Eclesiastes é um livro de descobertas feitas por alguém vivido. Veja a descoberta relatada abaixo. O texto é tão atual que nem parece que foi escrito no século X antes de Cristo:

“Descobri ainda outra situação absurda debaixo do sol:
Havia um homem totalmente solitário; não tinha filho nem irmão.

Trabalhava sem parar! Contudo, os seus olhos não se satisfaziam com a sua riqueza.
Ele sequer perguntava: “Para quem estou trabalhando tanto, e por que razão deixo de me divertir?” Isso também é absurdo; é um trabalho por demais ingrato!”

(Eclesiastes 4.7-8).

Fazer a opção de ser solitário é uma atitude egoísta, e trabalhar sem parar é uma forma de mascarar uma insatisfação. Quem tem amigos tem outras formas de satisfação que vão além do trabalho. Como diz o autor de Eclesiastes: “Melhor é ter um punhado com tranquilidade do que dois punhados à custa de muito esforço e de correr atrás do vento” (Eclesiastes 4.5-6).

Trabalhar é bom, mas só faz sentido quando podemos dividir suas recompensas com os amigos. É bom lembrar que a maior felicidade que podemos ter não conquistamos com nosso suor, mas nos foi dada gratuitamente: a vida eterna!

O texto de Eclesiastes continua:

“É melhor ter companhia do que estar sozinho,
porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas.
Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se!
E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos.
Como, porém, manter-se aquecido sozinho?
Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se.
Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade”
(Eclesiastes 4.9-12).

Sempre tive pouquíssimos amigos – talvez por timidez e pela dificuldade de me relacionar abertamente com outras pessoas – mas foi na igreja que recebi esse grande presente: AMIGOS! Amigos verdadeiros!

Isso me fez lembrar do testemunho de Danny Velasco, do coral Brooklyn Tabernacle. Ele disse:
“Essa é a primeira coisa que vêm à minha mente sempre que eu tenho que me levantar e falar: eu olho ao redor e vejo a minha família. Essa é a coisa que eu mais amo a respeito de Jesus: Ele não só nos salva, nos limpa e transforma nossas vidas, mas ele nos adota em Sua família”.

Venha você também para essa família de amigos!
  
“O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade” (Provérbios 17.17)

Aline Cândido

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nas entrelinhas da genealogia


Você já deve ter se deparado com algum trecho da bíblia que descreve genealogias. Fulano, pai de Beltrano, filho de Siclano, e por aí vai. Haja paciência para ler as longas listas de nomes!

Porém, nesses dias, achei algo interessante no meio de uma genealogia bíblica. O capítulo 5 de Gênesis descreve as gerações desde Adão até Noé. Ele diz: “Aos 130 anos, Adão gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem; e deu-lhe o nome de Sete. Depois que gerou Sete, Adão viveu 800 anos e gerou outros filhos e filhas. Viveu ao todo 930 anos e morreu.” (Gn 5.3-5). O texto segue falando das gerações seguintes, sempre com esse mesmo padrão: “Aos 90 anos, Enos gerou Cainã. Depois que gerou Cainã, Enos viveu 815 anos e gerou outros filhos e filhas. Viveu ao todo 905 anos e morreu” (Gn 5.9-11).
 
O curioso é que ao chegar ao versículo 21, o texto diz: “Aos 65 anos, Enoque gerou Matusalém. Depois que gerou Matusalém Enoque andou com Deus 300 anos e gerou outros filhos e filhas.” (Gn 5.21-22). Não é interessante? Quando Deus criou o homem, deu a ele livre arbítrio para fazer suas próprias escolhas. Adão e Eva escolheram a desobediência e foram expulsos do Jardim do Éden, porém vemos desde as primeiras gerações - Caim e Abel - uma busca pelo relacionamento com Deus (Gn 4.3-5).

Somos livres para viver a nossa vida sozinhos ou ao lado de Deus, mas esse texto me fez pensar – como a nossa história vai ser escrita? Será que minha vida vai ser lembrada como alguém que, mesmo tendo livre escolha, optou por andar com Deus?

No meio de dez gerações Enoque se destacou – diferentemente de seu pai e dos outros que viveram antes dele, sua vida foi marcada pela opção que fez – andar com Deus.

Andar é um ato continuo e diário, algo que faz parte da nossa rotina, do nosso dia-a-dia. A escolha de Enoque agradou a Deus e Ele o recompensou. Ele foi o único homem (além de Elias) que não experimentou a morte – ele foi arrebatado. “Viveu ao todo 365 anos. Enoque andou com Deus; e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado.” (Gn 5.23).

Noé – outro homem que a bíblia diz que “andou com Deus” (Gn 6.9) – também foi salvo da morte. Ele e sua família foram os únicos sobreviventes de um dilúvio que exterminou a raça humana.

Não sei em que estágio da vida você está – os homens daquela época viviam muito mais do que os de hoje – mas nunca é tarde para fazer a escolha de andar com Deus. Pode ter certeza de que esta escolha vai marcar pra sempre a sua história.

Aline Cândido