quarta-feira, 30 de março de 2011

Preciso de óleo


"Considerai como crescem os lírios do campo..." (Mateus 6.28)

"Preciso de óleo", disse um monge. Então plantou uma mudazinha de oliveira. "Senhor", orou ele, "ela precisa de chuva, para que suas raízes tenras possam beber e crescer. Manda chuvas brandas." E o Senhor mandou-lhe chuvas brandas. "Senhor", orou o monge, "minha planta precisa de sol. Peço-te, manda sol." E o sol brilhou dourando as nuvenzinhas chuvosas. "Agora neve, meu Senhor, para robustecer seus tecidos", pediu o monge. E lá ficou a plantinha coberta de neve brilhante. Mas à noite morreu.
Então o monge foi ao quarto de outro irmão e contou-lhe a estranha experiência. "Eu também plantei uma arvorezinha", disse o outro, "e veja como está viçosa! Mas eu confio a minha planta ao Deus que a criou. Ele que a fez sabe do que ela precisa, melhor do que um homem como eu. Não impus condições. Não estabeleci meios ou maneiras. Orei: "Senhor, manda-lhe o que ela necessita. Sol ou chuva, vento ou neve. Tu a fizeste, e tu sabes".

Faça como os lírios,
Deixe com o Senhor!
Eles crescem... crescem...
Quer no sol... na chuva...
Crescem e são cuidados!
Deixe com o Senhor!
Muito mais que aos lírios
Deus lhe tem amor!
Ele é quem trabalha
Para quem nele espera.
Sem temor, descanse...
Deixe com o Senhor!

Extraído do livro Mananciais no Deserto (Lettie Cowman)

terça-feira, 22 de março de 2011

Culturas




Cada um tem um jeito, cada grupo tem uma forma de falar, comer, se vestir e se comportar. Ocidentais, orientais, pessoas que nasceram no norte e no sul do mesmo país, pessoas que vivem num determinado bairro ou cidade, cada um tem uma cultura diferente e foi Deus quem criou essa diversidade.

No mundo todo havia apenas uma língua, um só modo de falar. Saindo os homens do Oriente, encontraram uma planície em Sinear e ali se fixaram. Disseram uns aos outros: [...] "Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra". O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo. E disse o Senhor: "Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer. Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros". Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade. Por isso foi chamada Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mundo. Dali o Senhor os espalhou por toda a terra. (Gênesis 11.1-9)

Ali em Babel, ao espalhar os homens pela terra, Deus deu início às mais diversas culturas. Foi Deus quem criou, mas foi o homem que desenvolveu cada uma delas (e assim uniu coisas boas e ruins dentro de cada cultura).

Você já se perguntou como fica o cristianismo com relação às culturas? Quando nos tornamos cristãos devemos aniquilar nossa cultura, perder a identidade?
Com certeza não. Deus ama a diversidade, Ele mesmo a criou e a usa para difundir sua Palavra. Deus fala a todos e com cada um de um jeito. Como Ele fala com você?

Jesus quando veio ao mundo nasceu como um bebê judeu, numa família de judeus, com aparência de judeu. Ele estava tão bem "adaptado" a cultura dos judeus, que na ocasião em que foi preso precisaram apontar quem era Jesus para que os soldados prendessem a pessoa certa.

Em Atos 2.1-13, no dia de Pentecoste, "havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo". Quando o Espírito Santo desceu sobre os homens, cada um ouvia falar das maravilhas de Deus em sua própria língua. "Acaso não são galileus todos estes homens que estão falando? Então, como os ouvimos, cada um de nós, em nossa própria língua materna?".
Deus queria falar a todos e a cada um na sua própria cultura.

Quando se fala em cultura pensamos macro, pensamos em povos e países diferentes. Mas a verdade é que cada indivíduo tem seu próprio modo de pensar e viver. 

Quando Jesus entra na nossa vida, ele enriquece a nossa cultura e ao mesmo tempo faz uma limpeza no lixo que trazemos na bagagem. Não há um padrão, não há um molde no qual devemos nos encaixar. Mas é preciso deixar Jesus fazer uma limpeza na nossa cultura pessoal. Se permanecermos na nossa cultura, poderemos compartilhar as boas novas com os que são parecidos conosco, mas somente se a nossa vida tiver passado pela peneira de Deus.

E quanto a você, quais são suas características próprias de falar, comer, se vestir e se comportar? Como Deus tem falado com você e o que Ele tem feito para enriquecer e purificar sua cultura?

Aline Cândido

quinta-feira, 10 de março de 2011

Consagração


Há duas semanas estava orando por um assunto pedindo a Deus solução e veio ao meu coração a determinação de que deveria jejuar por aquilo. Comecei o jejum imediatamente, me abstendo do alimento que mais como com prazer: chocolate. Não determinei o tempo do jejum, mas hoje ao ler sobre a quaresma (tempo de preparação até a Páscoa) decidi que entregarei meu jejum a Deus no domingo de Páscoa.

40 dias foi o tempo que Jesus passou no deserto antes de começar seu ministério. 40 dias foi o tempo que durou o dilúvio antes que um novo mundo começasse com a família de Noé. 40 anos foi o tempo que os judeus peregrinaram pelo deserto antes de chegarem a terra prometida. O número 40 na bíblia vem sempre antes de algum acontecimento importante, um recomeço. Por isso a igreja instituiu a quaresma como o tempo de preparação antes da Páscoa, ressurreição de Jesus.

Para os cristãos esse deve ser um período de reflexão, tempo de alinhar os pontos, de buscar a Deus e o jejum é uma das disciplinas utilizadas nesse período.

O jejum não é uma dieta nem greve de fome. É a abstenção de alimento com finalidades espirituais. E o objetivo central deve ser sempre Deus.
O jejum também revela o que nos controla. Cobrimos com alimento e com outras coisas boas aquilo que está dentro de nós, mas quando jejuamos estas coisas vêm à tona. E isso é bom porque só o que é revelado pode ser tratado.

Posso fazer qualquer coisa, mas não vou deixar que nada me escravize. (1Coríntios 6.12).

O jejum centrado em Deus nos dá equilíbrio, nos aproxima do Senhor, nos fortalece, nos devolve a humildade e a dependência de Deus. Tempo bom, tempo abençoado.

Que esse tempo de consagração não seja para nós religiosidade e obrigação, mas que seja uma oportunidade para diminuir o passo e se concentrar no que realmente é importante.

Eu te convido a jejuar nesses 40 dias até a Páscoa. Vamos juntos?

Aline Cândido

Leia mais:
- Livro Celebração da Disciplina - Richard J. Foster
- http://blogdaana.diantedotrono.com/2011/03/08/40-dias-de-consagracao/