terça-feira, 30 de junho de 2009

Santa paciência!

Você conhece essa expressão? Pois é, o ditado popular reconhece que a paciência não é uma virtude natural do homem. Ela vem de Deus.

O mundo de hoje está carente de paciência. Como disse Lenine: “o mundo vai girando cada vez mais veloz… a vida não pára”. Restaurantes fast-foods, formação acadêmica em dois ao invés de quatro anos, os processadores que se tornam cada vez mais velozes para driblarem a nossa impaciência diante do computador. É verdade, o mundo não espera e atropela aqueles que se mostram mais pacientes. Quantas mulheres você conhece que depois de ganharem uma linda orquídea aguardam pacientemente um ano inteirinho para vê-la florescer novamente?

Como não poderia deixar de ser, a bíblia também nos ensina acerca da paciência. Sem dúvida é uma virtude que precisa ser aprendida e treinada, mas acima de tudo, ela é fruto do Espírito. O que isso significa? Que devemos buscar de Deus essa virtude, pois é Ele quem produz esse fruto em nós. “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, PACIÊNCIA, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gálatas 5.22-23).

Penso que a paciência também está diretamente ligada à fé em Deus. Se eu conheço a Deus e creio em suas promessas, fica mais fácil esperar com confiança, ser perseverante, ter paciência. Isso explica porque Jó passou por todo aquele sofrimento pacientemente. Ele não foi passivo, mas paciente. O primeiro versículo de Jó diz que ele era “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1.1). Ser paciente foi um exercício da sua fé. Ele enxergava longe, conhecia a fidelidade do Senhor. “Nenhum dos que esperam em ti ficará decepcionado” (Salmo 25.3).

No Novo Testamento vemos os cristãos encorajando uns aos outros a terem paciência e serem perseverantes olhando para Deus. Tiago foi um deles ao dizer: “Irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera. Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima... Vocês ouviram falar sobre a perseverança de Jó e viram o fim que o Senhor lhe proporcionou. O Senhor é cheio de compaixão e misericórdia” (Tiago 5.7-9,11).

Precisamos de paciência para as urgências do dia-a-dia e também para esperar por aquilo que demora a chegar. Em ambos os casos, é importante saber que “até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças; Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Isaías, 40.30-31).

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Encontro em Samaria

Jesus estava ali de passagem, era o meio do caminho da sua viagem entre a Judéia e a Galiléia. O sol estava a pino e ele estava cansado. Com fome e sede sentou-se perto de um poço. Pediu água a uma mulher samaritana. Ele a conhecia muito bem, mas ela, inocente, não sabia com quem estava falando. Onde já se viu um judeu falar com uma samaritana? Ainda mais um homem se dirigir a uma mulher! Jesus surpreendia todo mundo com suas atitudes.
Ele disse a ela: “Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva... quem beber dessa água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4.10,13-14).

Do que Jesus estava falando? Ele sempre falava em parábolas, a mulher samaritana não entendeu de primeira. Achou que ele tinha um líquido mágico que faria um ser humano nunca mais precisar de água. Já pensou que bom seria nunca mais ter que tirar água do poço e carregar o vaso pesado até em casa para dar aos filhos e aos animais? Ela se livraria de um grande fardo.

Como o ser humano é limitado. Entende tudo ao pé da letra. Jesus falava de algo muito mais profundo. Em outra ocasião explicou o que era a tal da água viva. “’Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva’. Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem.” (João 7.37-39).

A água viva citada por Jesus é o Espírito Santo. É o próprio Deus vivendo em nós e isso, somente isso, nos satisfaz completamente. Se permitirmos que Ele viva em nós, nunca mais teremos “sede”!

Aproximadamente 60% do corpo de um adulto é composto por água. Um ser humano é capaz de sobreviver (apenas) de 3 a 5 dias sem ingerir água. Sem dúvida é um elemento vital. Sem água não sobrevivemos. A água nos mantêm vivos nesse mundo, mas a água viva, que Jesus oferece, nos dá vida eterna!

Depois de um encontro com Jesus nunca mais somos os mesmos. A mulher samaritana voltou pra casa transformada. Ela tinha encontrado o Salvador! E a promessa de Jesus se cumpriu nela imediatamente. Ele disse: “Do seu interior fluirão rios de água viva”. Ela voltou para a sua casa e espalhou as boas novas para os vizinhos. A água viva fluiu em Samaria.

Eu quero beber dessa água. E você?

“Verdades antigas são sempre novas se elas vêm acompanhadas do cheiro e do sabor do céu” (John Bunyan, autor de O Peregrino).

Escrito por Aline Cândido

terça-feira, 9 de junho de 2009

Como criança


Você se lembra do tempo em que era criança? Há uns dias atrás, entre amigos, recordamos alguns momentos da nossa infância. Qual era a brincadeira preferida? O aniversário inesquecível? Qual passeio ou viagem foram muito especiais? Qual foi a grande traquinagem que aprontamos? Rimos juntos das histórias que contamos ali. Lembrar da infância geralmente traz boas lembranças. Era uma época de inocência, não conhecíamos o orgulho, nem a arrogância. A criança é simples, humilde, e por ter pouca ou quase nenhuma experiência, ela é ensinável.

Depois de refletir sobre isso entendi melhor o que Jesus quis dizer na passagem de Lucas 18.16: “Jesus chamou a si as crianças e disse: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele’”.

Os pequeninos não duvidam, não tem medo de se entregar, não confiam em sua própria inteligência e não se fazem independentes.

Quando subiu ao trono, Salomão devia ter aproximadamente 20 anos. Ele era jovem e inexperiente, mas humilde o bastante para reconhecer isso. Ele era ensinável e queria aprender com o Grande Rei. “Ó Senhor, meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me... Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal, pois quem poderia julgar a este grande povo?" (1Reis 3.7-9)

Jeremias também era novo quando recebeu o chamado para ser profeta. Ele disse: “Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança.” (Jeremias 1.6).

Algo me diz que é desses que Deus gosta – “o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes às crianças”. Quando o homem deixa de lado todo orgulho e arrogância que adquire ao longo da vida e se coloca diante de Deus como uma criança, Deus não resiste e faz dele uma grande pessoa! Salomão foi o homem mais sábio de Israel. Jeremias foi um grande profeta e sacerdote, que cumpriu sua missão com coragem e determinação em uma das épocas mais difíceis para o seu povo.

“Deixem vir a mim as crianças”. O melhor lugar para uma criança estar é perto de Jesus, ainda que essa criança seja você mesmo.

Não deixemos que a idade adulta leve embora o brilho e a humildade da criança que existe em cada um de nós. Sejamos como Davi que, como criança, aprendeu a se entregar completamente a Deus:

“Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por sua mãe; a minha alma é como essa criança. Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, desde agora e para sempre!” Salmo 131