domingo, 7 de outubro de 2018

Graça, de graça!




Há muitos anos, estava eu e uma amiga na fila do estacionamento de um parque de diversões. Quando chegou a nossa vez de pagar, a funcionária do guichê disse: está pago, pode seguir!
Não entendemos de primeira e perguntamos novamente o que ela quis dizer. Ela explicou melhor: o carro que estava na sua frente pagou o estacionamento para vocês. Podem entrar, está pago!

Eu e minha amiga nos olhamos ainda sem entender muito bem mas seguimos adiante. Durante os minutos seguintes tentamos achar uma justificativa para o carro da frente ter pago nosso ticket: talvez sejam garotos solteiros fazendo uma gentileza para depois puxar assunto, pensamos nós. Aceleramos o carro e nos aproximamos do “motorista gentil”. E para nossa surpresa, era uma família! Pai, mãe, filhos, todos indo ao parque de diversões, assim como nós.
Ficamos sem entender e até hoje essa história me intriga. Por que pagaram nossa conta? Não tínhamos feito nenhum favor, não havia nenhum débito conosco, nem nos conhecíamos... nós ficamos imensamente gratas com aquele pequeno gesto.

É assim que tenho me sentido ultimamente! Deus tem nos abençoado tanto (a mim e a minha família), sem que nós fizéssemos nada para merecer! Talvez eu esteja vivendo o período mais “distante” do “ideal” cristão. Me falta tempo e disposição para ler a bíblia e até para orar! E Deus, na sua infinita e inexplicável bondade me abençoa, muito mais do que eu possa merecer ou entender!

É graça... é essa a explicação. Diz a bíblia que Deus nos amou quando ainda éramos pecadores (Romanos 5.8). E ele continua amando, não importa o que fazemos ou deixamos de fazer.

Aliás, a história do Filho Pródigo (Lucas 15.11-32) nos ensina isso, através do tratamento que o pai deu para os dois filhos: Deus não soma débitos ou créditos1.

Não há nada que eu possa fazer para que Deus me ame ou me abençoe mais.
E também não há nada que eu possa fazer (ou deixar de fazer) para que Deus me ame ou me abençoe menos.
E isso é muito bom!

Aline Cândido

1.  Mensagem de Ed René sobre Filho Pródigo: goo.gl/nYPjTh