domingo, 12 de setembro de 2010

A maternidade e o amor


É manhã de domingo. O silêncio do dia com o canto dos pássaros ao fundo me fizeram parar por um momento e refletir. Tenho em meus braços minha filha, de apenas 12 dias - meio metro de gente, um mini humano muito fofo, com um rosto angelical. Ela é pequena mas muito bem desenhada. Seu nariz, sua boquinha, seus dedinhos, tudo é perfeito. Apesar da pouca idade ela já reconhece meu cheiro e minha voz.

Não tem como não se emocionar ao pegá-la nos braços e ouvir o som da sua respiração, observar seu sono e alguns sorrisos ainda involuntários.
Não tem como não pensar em Deus diante de tudo isso. A geração de uma vida é uma engenharia muito complexa para ser obra do acaso. E penso que não só as transformações físicas (óvulo + espermatozóide = 1 célula = 1 bebê), mas também as transformações que ocorrem nos pais (seu modo de pensar, sentir e agir), tudo isso parece ser uma ferramenta de Deus, um meio pelo qual Ele nos ensina coisas novas.

Muitas vezes como filhos não conseguimos enxergar a dimensão do amor de nossos pais por nós. Quando nos tornamos pais conseguimos entender todo o zelo e amor com que nos criaram a vida toda. Pode ser que como filhos tenhamos noção do amor de Deus por nós, mas como pais, entendemos bem o que custou a Ele entregar seu único Filho para a morte, afim de nos salvar e nos levar para perto dEle. É muito amor.
O Senhor é misericordioso e compassivo, paciente e transbordante de amor. Salmo 145.8

Um dos versículos mais conhecidos da bíblia revela essa verdade:
Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. João 3.16-17
Amor não se explica por fórmulas matemáticas. Só quem experimenta o amor de Deus pode saber o que é. E esse amor se revela ainda mais na experiência da maternidade.

Quando solteira, preocupava-me comigo mesma. Quando casei passei a dividir meu amor e meus cuidados com meu esposo. Agora sendo mãe, é impossível ser egoísta. Nosso olhar se volta para o outro, para o próximo (ainda que o 1º próximo seja nosso filho). Posso dizer que essa é uma das lições de Deus para mim nesse novo momento da minha vida.

Ele tem me ensinado sobre o Seu amor, ainda que a minha compreensão humana seja limitada.
Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá... Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte, então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou conhecido. 1Coríntios 13.9-12
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1Coríntios 13.4-7
Resumimdo:
Nisto conhecemos o que é amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos... Não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade. 1João 3.16,18
Aline Cândido