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terça-feira, 29 de abril de 2014

Coisas que nos sufocam


Certa vez, enquanto lia o evangelho de Marcos, senti-me atraído pela cena do capítulo 4. Você deve lembrar, foi a ocasião em que Jesus sentou-se num pequeno barco junto à praia e falou sobre um lavrador que deixou cair sementes na terra. A mesma semente, solos diferentes, diferentes resultados. Quatro resultados, para ser exato.
Algumas sementes caíram ao lado do caminho… os pássaros as engoliram. Outras caíram num terreno rochoso… o sol as queimou e por não terem raízes, murcharam e morreram. Outras ainda caíram entre espinhos… sufocando de tal modo o crescimento que não houve colheita. Algumas sementes, entretanto, caíram em boa terra, produzindo grande safra. Então, Jesus explicou cada ponto.

Primeiro, ele disse que a semente representa “a palavra”. Creio que seja seguro afirmar que “a palavra” se refere à verdade. A verdade de Deus. Segundo, os diferentes solos representam as várias reações das pessoas a essa “palavra”. Os quatro solos “ouvem”, mas nem todos produzem colheita. Isso é importante. O fato de ouvir não garante nada. Os resultados dependem diretamente das condições do solo… e não da qualidade da semente. Se examinar de perto, você verá que faltam raízes aos dois primeiros grupos. Jesus só menciona frutos em relação aos dois últimos.

Penso ser óbvio que os dois primeiros grupos de pessoas não tem vida espiritual. Não tem raízes, fruto, crescimento ou qualquer tipo de mudança. O terceiro grupo ouve, mas só o quarto grupo “ouve a palavra e a aceita”, resultando em crescimento forte e saudável. É o terceiro grupo que me intriga. Essas pessoas ouvem tudo o que o quarto grupo ouve, mas as verdades não são realmente aceitas, não lhes é permitido que lancem raízes e cresçam. Em vez disso, os espinhos “sufocam a palavra e a tornam infrutífera”.
Espinhos que sufocam? Onde estão eles? Jesus não nos deixa no escuro. Eles são “os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições” (Marcos 4.19). As preocupações começam como um fio de água muito fino escorrendo-nos pela mente. Se permitido, ele vai abrir um canal mais fundo, para o qual são levados outros pensamentos.

A terceira espécie de espinhos, é a verdadeira assassina, “as demais ambições”. Esse é o retrato da insatisfação, a tortura da busca: empurrando, espremendo, esticando e agarrando implacavelmente, enquanto nossa mente acaba sufocada pela mentira: “o suficiente não basta”.
Jesus terminou seu breve discurso com a frase familiar: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Marcos 4.9).

Quando os espinhos da vida nos arranham precisamos da tesoura de poda da Palavra.


REFLITA

A má notícia é esta: ouvir não vai afastar os espinhos: por mais que nos concentremos e aceitemos os ensinamentos de Jesus. Os espinhos surgem no território chamado depravação.
A boa notícia é esta: ouvir - quero dizer, dar atenção de fato à semente - resulta em raízes mais profundas e fruto maior. Os espinhos não podem sufocar esse crescimento saudável.
Jesus continua falando, mas se não tivermos cuidado, vamos deixar que nosso sufocamento mental abafe sua voz. As coisas que nos sufocam crescem bem em ambientes confortáveis, ainda que pareçamos estar ouvindo.
De que forma esses espinhos podem estar invadindo sua vida?
Preocupações?
A fascinação da riqueza?
As demais ambições?

Fonte: Livro Dia a dia com Charles Swindoll

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Jardineira por um dia


 
Numa manhã ensolarada resolvi cuidar das minhas plantas. Eu tinha comprado um envelope com sementes e decidi plantá-las naquele dia. Li as instruções, preparei a terra, os vasos e abri o envelope. Eu sou leiga no assunto, reconheço. Já havia plantado uma árvore e transplantado algumas mudas, mas exceto pelo grão de feijão que plantamos na escola, nunca plantei uma semente.

Quando abri o envelope fiquei maravilhada com o tamanho das sementes - minúsculas, do tamanho de um cisco. Olhei de novo para o envelope que apresentava uma foto linda da flor já em idade adulta e pensei “não é possível que esse cisco se transforme nessa flor”!

Aquilo me fez pensar muito sobre o assunto. Tudo, por maior que seja, começa pequeno. Uma grande amizade começa com um “oi”. Um grande amor começa com um olhar. Um milhão de dinheiros começam com alguns centavos. Um livro de muitas páginas começa com algumas palavras. Uma pessoa começa com um embrião. Uma planta começa com uma semente.

“O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo. Embora seja a menor dentre todas as sementes, quando cresce torna-se a maior das hortaliças e se transforma numa árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos” (Mateus 13.31-32).

A promessa no envelope era de que a semente germinaria em 10 dias. Enquanto isso eu teria que me contentar em olhar para os vasos cheios de terra e torcer para que desse tudo certo (além de regar todos os dias, claro). Não sei você, mas eu sou uma pessoa um pouco ansiosa. Facilmente ficaria tentada a remexer a terra para ver se a semente estava mesmo germinando. Isso seria inútil, é claro. Como disse Paulo: um planta, outro colhe, mas é Deus quem dá o crescimento (1Coríntios 3.6-7).

Mateus também falou algo interessante sobre sementes. “O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra. Noite e dia, estando ele dormindo ou acordado, a semente germina e cresce, embora ele não saiba como. A terra por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga. Logo que o grão fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita” (Marcos 4.26-29).

Veja que interessante este texto. O Reino de Deus começa pequeno dentro de nós, como uma semente. Se ela cair em boa terra, germina e cresce ao seu tempo. Esse crescimento pode até parecer invisível no começo, mas logo o talo da planta aparece, depois a espiga e depois os grãos. Você começa a dar frutos e continua crescendo no conhecimento e na sabedoria de Deus, até que quando já está “maduro”, é “colhido”.

“Aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6). Uma grande obra começa com um tijolo.
O que você tem semeado por aí? Estamos sempre semeando palavras e atitudes em nossas vidas e na vida de outros, sejam sementes boas ou ruins. Por isso fomos alertados: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.” (Gálatas 6.7).

Faça a sua parte: semeie o bem. Deus dará o crescimento.