"Em alta voz clamo ao Senhor, elevo minha voz ao Senhor, suplicando misericórdia" Salmo 142.1
Numa tarde fria de domingo terminei de lavar a louça do almoço e saí para uma caminhada.
Os pensamentos em minha mente eram tantos e estavam tão emaranhados, que eu tinha a sensação de que eles atrapalhavam a minha vista.
Deixei para trás três crianças agitadas nas mãos do marido e parti. Poucos passos depois cheguei à praia e quando me vi sozinha diante do mar, irrompi num choro cansado.
Tive que orar em voz alta para que aos poucos os pensamentos em minha mente se ordenassem. Desembaraçando-se um a um, foram entrando em fila para sair pela minha boca.
Eu sentia meu coração acelerado e as lágrimas descerem pelo meu rosto. O vento forte contrário a mim desafiava minha decisão por aquela caminhada. Mais do que isso, pela minha decisão em elevar a voz e clamar a Deus!
Quantas vezes no dia-a-dia engolimos seco e guardamos "em silêncio aparente" o barulho das angústias do nosso coração?
Depois de andar alguns metros e "vomitar" minhas angústias diante de Deus, agradeci por ter tido esse momento e esse lugar para falar em voz alta com meu Deus.
Quando Davi fez essa oração do Salmo 142, ele estava numa caverna. Mas suas palavras também foram as minhas naquele dia na praia:
"Em alta voz clamo ao Senhor, elevo a minha voz ao Senhor, suplicando misericórdia. Derramo diante dele o meu lamento; a ele apresento a minha angústia. Quando meu espírito desanima, és tu quem conhece o caminho que devo seguir". Salmo 142.1-3
Orei assim e voltei pra casa... completamente diferente de quando saí.
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