terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O destaque de 2014!

Há muitos anos me foi pedido fazer um convite para a celebração de natal da nossa igreja. O tema, naquele ano, eram os vários "nomes" de Jesus.  Eu era nova na fé e me surpreendi com tantos adjetivos para uma só pessoa: Rei dos reis, Alfa e ômega, Verbo, Estrela da manhã, e por aí vai. 
Nesse final de ano, refletindo sobre tudo o que passou, acho que pra mim, um dos adjetivos de Jesus se destacou entre os demais. Posso dizer que Jesus foi muito "Emanuel" pra mim nesse ano!

“A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel”, que significa “Deus conosco”. (‭Mateus‬ ‭1‬:‭23‬ NVI)

Esse é um dos motivos de celebração do natal. Deus nos enviou Jesus! Agora Deus está mais próximo, viveu e sofreu como um de nós, nos entende perfeitamente. Jesus é Emanuel, Deus conosco. 

Depois de morrer e ressuscitar, Jesus apareceu aos discípulos e disse que eles não ficariam sós. Prometeu que nos enviaria o Espírito Santo, para estar conosco até o fim dos tempos. 

"E eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês." (‭João‬ ‭14‬:‭16-17‬ NVI)

O Espírito Santo também é Deus conosco. 

Mesmo em meio à rotina em 2014, senti Deus presente todos os dias. Nos dias alegres, nos dias tristes, quando eu tinha tempo e quando eu não tinha, eu decidi estar com Ele e isso fez toda diferença. Ele já tinha decidido estar comigo. Jesus é Emanuel, Deus conosco. 

Sempre me lembro da última oração de Jesus antes de voltar ao Pai:
"Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno.

Eu os fiz conhecer o teu nome e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que tens por mim esteja neles, e eu neles esteja”. (‭João‬ ‭17‬:‭15, 26‬ NVI)

Ele prometeu que estaria conosco e podemos confiar! É só estar atento e abrir a porta para que Ele entre. 

Que tal fazer isso todos os dias em 2015?
Feliz ano novo!

Aline Cândido

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A cruz nossa de cada dia


"Uma grande multidão ia acompanhando Jesus; este, voltando-se para ela, disse: 'Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo" Lucas 14.25-27

"Então Jesus disse aos seus discípulos: 'Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará" Mateus 16.24-25

Uma vez ouvi um homem dizer: coloque tudo o que você ama dentro de uma caixa... imagino que vá ser uma caixa bem grande. Coloque nela seus filhos, seu cônjuge, todo pouco (ou muito) dinheiro que você tem, seu carro, aquela roupa que te deixa poderoso(a), seus amigos (os verdadeiros), seu animal de estimação... coloque tudo que você ama!
Agora imagine que vai ter que se desfazer de alguns itens. O que vai primeiro? Um a um, entregue todos. O que dói mais? Abrir mão do seu dinheiro ou entregar os seus filhos? Entregue tudo, até que na caixa reste apenas um item. Olhe para este item que sobrou, o último da caixa. Isso é o seu deus. 

Talvez você diga que a família será a última a permanecer na caixa, mas tem muita gente que trocou a família por uma paixão. Outros ainda, perderam suas famílias pois amaram mais o dinheiro. O que ficou por último é o que você mais valoriza, esse é o seu deus.


Jesus disse que se alguém ama mais outras pessoas (ou até sua própria vida) mais do que o ama, não pode ser seu discípulo. Para o cristão a entrega deve ser total, é tudo ou nada. Jesus deve ser aquele que permanece na nossa "caixa".

Ninguém é obrigado a segui-lo, mas se decidirmos pelo "sim", Ele nos adverte: é necessário carregar a nossa cruz. Mas afinal, o que significa isso?

Há muitas interpretações, mas a que fez mais sentido para mim, foi a que ouvi recentemente do mesmo homem que falou sobre a caixa. "Carregar sua cruz" é caminhar para a morte. Se alguém quiser ser discípulo de Jesus, deve morrer, deve deixar-se crucificar, deve abrir mão de si mesmo até que "morram" seus desejos, suas vontades, seu controle sobre tudo. Dizer NÃO para si próprio e dizer SIM para Deus.

Adão é o homem que disse SIM para si mesmo e NÃO para Deus.
Jesus é o homem que disse NÃO para si mesmo e SIM para Deus. Devemos imitá-lo.

Assim como Jesus, atravessaremos a morte e sairemos vivos, completamente transformados no poder e na graça de Deus. Não seremos transformados por um milagre, uma mágica, algo que acontece instantaneamente, sem dor, mas sim no dia-a-dia. Assim como diz Filipenses 1.6: "aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus".

O escritor Dallas Willard, autor do livro Conspiração Divina, disse que o propósito de Deus com tudo que acontece nas nossas vidas, é desenvolver caráter em pessoas em que ele possa confiar o seu poder. Quando abrimos mão de nossas vontades para seguir a vontade de Deus, ele está desenvolvendo em nós o seu caráter.

Não é fácil carregar a cruz, fazer morrer o Adão que mora em nós. O próprio Jesus gostaria de ter sido poupado da cruz, mas se entregou. "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres" Mateus 26.39

Pai Nosso que estás no céu... venha a nós o teu reino, venha reinar TOTALMENTE sobre nós.

Aline Cândido


Fontes:
Livro Talmidim, "Cálculo" (pág. 225)
Talmidim 2014 #48 "Decisão" - https://www.youtube.com/watch?v=Fxp09xFNGos
Entrevista Dallas Willard: https://www.youtube.com/watch?v=iBjxCsrS_L4




quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Quanto tempo dura o efeito de uma bênção?


A experiência dos israelitas na saída do Egito é uma das mais conhecidas passagens bíblicas. Êxodo 14 narra o acontecimento do início ao fim nos mínimos detalhes: Deus deixou Moisés ao par de tudo - disse que endureceria o coração do Faraó para que os egípcios os perseguissem, deu ordens ao povo israelita para que marchassem, mandou um vento forte que soprou a noite toda e dividiu o mar em duas paredes de água, depois que o povo passou em terra seca, pediu a Moisés que estendesse a mão sobre o mar para que as águas voltassem sobre os egípcios e liquidou o exército inimigo.

"Eu serei glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército; e os egípcios saberão que eu sou o Senhor!" (Êxodo 14.4).

A saga dos israelitas na travessia do Mar Vermelho foi contada durante todo o capítulo 14 de Êxodo e o feito de Deus foi tão maravilhoso que quase todo o capítulo 15 é utilizado para descrever o cântico de louvor que Moisés e os israelitas entoaram a Deus.

"O Senhor é a minha força e a minha canção; ele é a minha salvação!… Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor?… autor de maravilhas… " e por aí vai.

Se nós, lendo esses textos hoje, ficamos maravilhados com o que Deus fez, que dirá das pessoas que presenciaram isso ao vivo, não é verdade?! Foi uma experiência e tanto! Não só os egípcios souberam que Deus era Senhor, mas os israelitas também puderam provar na prática de que o Senhor estava com eles.

Mas a pergunta que me fiz ao ler Êxodo 14 e 15 foi: quanto tempo dura o efeito de uma bênção?

Essa ação de Deus foi tão magnífica que deveria firmar permanentemente a fé daquele povo no Senhor. Porém, depois de passarem pelo mar Vermelho eles caminharam no deserto durante três dias sem encontrar água (Êxodo 15.22). Chegaram a um lugar chamado Mara, mas não puderam beber as águas de lá porque eram amargas.

E então, o que você acha que o povo fez?

(   ) Lembrou que há 3 dias Deus os tinha livrado de uma situação muito mais perigosa e confiou que o mesmo Deus daria uma saída a eles.

( X ) Reclamaram com Moisés.


Deus está o tempo todo nos ensinando, nos moldando, nos indicando o caminho, mostrando que Ele é Deus acima de tudo e de todos, e que nEle devemos confiar toda a nossa vida. Mas se não dermos atenção à mensagem por trás do milagre, ficaremos apenas com o milagre (e seu efeito passageiro).

Conhecemos a história e sabemos que os israelitas que foram libertos da escravidão do Egito murmuraram muitas e muitas vezes no deserto (e por isso não entraram na Terra Prometida). Deus, no seu infinito amor e paciência continuava ensinando em todas as situações. Ainda no capítulo 15 de Êxodo, depois que Moisés clamou a Deus, "eles chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras;  e acamparam junto àquelas águas" (Êxodo 15.27).

Bom, se o milagre de abrir o Mar Vermelho e salvar o povo, não foi suficiente para os israelitas confiarem em Deus, eles tiveram então uma nova chance de aprender em Mara, quando Deus transformou a água amarga em água boa para beber. Porém não foi bem isso que aconteceu.

Quantos versículos temos na bíblia entre essa última bênção (da água) e a próxima murmuração dos israelitas? Apenas um! Isso mesmo!!! Apenas um versículo!


Na sequência lemos: "No deserto, toda a comunidade de Israel reclamou a Moisés e Arão" (Êxodo 16.2). E quem tinha cantado e dançado em louvor a Deus na saída do Egito, passou a dizer: "Quem dera a mão do Senhor nos tivesse matado no Egito! Lá nos sentávamos ao redor das panelas de carne e comíamos pão à vontade, mas vocês nos trouxeram a este deserto para fazer morrer de fome toda esta multidão!" (Êxodo 16.3).

Antes de criticarmos os israelitas, vamos olhar para nossa própria vida e ver se não estamos fazendo o mesmo.

O que você aprendeu de Deus nas últimas situações que viveu? Quanto tempo durou o efeito da bênção?

Que Deus nos dê olhos para ver, ouvidos para ouvir e espírito manso para aprender.

Aline Cândido

terça-feira, 15 de julho de 2014

Tempo de florescer


"Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: tempo de nascer e tempo de morrer, tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, tempo de abraçar e tempo de se conter, tempo de procurar e tempo de desistir, tempo de guardar e tempo de jogar fora, tempo de rasgar e tempo de costurar, tempo de calar e tempo de falar, tempo de amar e tempo de odiar, tempo de lutar e tempo de viver em paz."
Eclesiastes 3.1-8

Há tempos em que a única coisa que precisamos ou podemos fazer é esperar. Nada mais (como se isso fosse fácil, né).

Pense no menino que planta uma semente e todos os dias cava a terra para ver se ela está germinando. Quem tenta ajudar o broto a sair da semente o destrói. Esperar é tão necessário quanto o plantio e a adubação.
Pense na borboleta… quem tenta ajudá-la a sair do casulo a mata.
Pense nos peixes que não estão mordendo a isca… bater com o remo na água não vai adiantar.
Pense na criança que está chorando e não está comendo. Empurrar mais comida não vai ajudar. O apetite volta quando a agonia vai embora. Isso leva tempo.


Espere. Espere. Es-pe-re.


Adoro flores. Tenho comprado orquídeas pra enfeitar minha casa e meu local de trabalho. Apesar de durar bastante tempo, uma hora as flores caem e aí a orquídea fica meio sem graça. Quando chegava esse tempo, eu simplesmente dava a orquídea pra alguém com mais paciência pra cuidar de plantas do que eu, mas dessa vez resolvi eu mesma cuidar.
Coloquei as orquídeas na varanda, com luz indireta, reguei 1x por semana tomando o cuidado de não deixar as raízes molhadas, e… nada.
Meses se passaram e as orquídeas continuaram as mesmas. Eu perseverei. Continuei fazendo o que deveria e eis que numa manhã de sábado descubro um broto novo, bem pequenininho, nascendo de um galho da orquídea. Quando me dei conta já tinha se passado 1 ano desde a última florada. Um ano é bastante tempo, mas eu esperei, e agora a minha alegria de ver os brotinhos é tão grande que supera em muito a espera de 1 ano!

Nossa visão é limitada e há mais coisas "invisíveis" do que podemos imaginar. Enquanto batemos com o remo na água, nada acontece… aliás, acontece… os peixes vão embora. Às vezes apressando ou forçando uma situação criamos cicatrizes que levam anos para se apagar. Às vezes o que precisamos é ficar em silêncio e recuar para que Deus possa agir e fazer a Sua obra. Quando chega a hora certa as coisas fluem muito naturalmente.

Relaxe, recue, silencie, espere. As orquídeas vão brotar.

Só mais uma coisa: essa foto que ilustrou o texto eu cliquei há 1 ano! Orquídeas sem flor no Jardim Botânico de São Paulo. Já gostava dela na época, mas hoje ganhou um significado especial.

Aline Cândido

Inspirado em devocionais do Charles R. Swindoll, citações de Rubem Alves e observação das orquídeas na minha varanda. ;-)

domingo, 4 de maio de 2014

Esperando o Inesperado



Fazia muito tempo que Horace Walpole não sorria. Tempo demais. A vida para ele tornara-se tão insípida quanto o clima na velha e monótona Inglaterra. Então, num dia triste de inverno, em 1754, enquanto lia um conto de fadas persa, o sorriso dele voltou. Escreveu logo depois a um amigo de longa data, contando-lhe a "estimulante abordagem da vida" que descobrira.

A história antiga falava de três príncipes da ilha de Ceilão que saíram à procura de grandes tesouros. Eles nunca encontraram o que buscavam, mas no caminho foram sendo continuamente surpreendidos por encantos que não haviam imaginado.
O nome original de Ceilão era Serendip, o que explica o título dessa história - "Os três príncipes de Serendip". A partir disso, Walpole cunhou a interessante palavra "serendipidade". Ela ocorre quando algo belo invade aquilo que é monótono e mundano. Uma vida serendipitosa é marcada por surpresas e espontaneidade. Quando perdemos nossa capacidade para qualquer delas, nos acomodamos na rotina da vida.

Embora eu venha andando com Deus há várias décadas, devo confessar que ainda encontro nele muitas coisas incompreensíveis e misteriosas. Isto, porém, eu sei: ele se agrada em surpreender-nos.
As palavras de Isaías me fazem sorrir a cada vez que as leio, porque vi sua verdade acontecer incontáveis vezes. Deus continua firme nesta promessa:
"Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem? Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo." Isaías 43.19


Sua situação pode ser tão aflitiva e árida quanto um deserto ou tão infeliz e insignificante quanto um lugar ermo. Quando alguém sugere que as coisas poderiam mudar, você pode ser tentado a dizer: "Não há saída" Tudo o que peço é que você leia esse versículo mais uma vez e fique à espera. Deus pode muito bem estar planejando uma "serendipitice" em sua vida.

Deus, há séculos, vem fazendo "uma coisa nova" nos desertos monótonos e nos lugares sombrios.

Fonte: Livro Dia a dia com Charles Swindoll

terça-feira, 29 de abril de 2014

Coisas que nos sufocam


Certa vez, enquanto lia o evangelho de Marcos, senti-me atraído pela cena do capítulo 4. Você deve lembrar, foi a ocasião em que Jesus sentou-se num pequeno barco junto à praia e falou sobre um lavrador que deixou cair sementes na terra. A mesma semente, solos diferentes, diferentes resultados. Quatro resultados, para ser exato.
Algumas sementes caíram ao lado do caminho… os pássaros as engoliram. Outras caíram num terreno rochoso… o sol as queimou e por não terem raízes, murcharam e morreram. Outras ainda caíram entre espinhos… sufocando de tal modo o crescimento que não houve colheita. Algumas sementes, entretanto, caíram em boa terra, produzindo grande safra. Então, Jesus explicou cada ponto.

Primeiro, ele disse que a semente representa “a palavra”. Creio que seja seguro afirmar que “a palavra” se refere à verdade. A verdade de Deus. Segundo, os diferentes solos representam as várias reações das pessoas a essa “palavra”. Os quatro solos “ouvem”, mas nem todos produzem colheita. Isso é importante. O fato de ouvir não garante nada. Os resultados dependem diretamente das condições do solo… e não da qualidade da semente. Se examinar de perto, você verá que faltam raízes aos dois primeiros grupos. Jesus só menciona frutos em relação aos dois últimos.

Penso ser óbvio que os dois primeiros grupos de pessoas não tem vida espiritual. Não tem raízes, fruto, crescimento ou qualquer tipo de mudança. O terceiro grupo ouve, mas só o quarto grupo “ouve a palavra e a aceita”, resultando em crescimento forte e saudável. É o terceiro grupo que me intriga. Essas pessoas ouvem tudo o que o quarto grupo ouve, mas as verdades não são realmente aceitas, não lhes é permitido que lancem raízes e cresçam. Em vez disso, os espinhos “sufocam a palavra e a tornam infrutífera”.
Espinhos que sufocam? Onde estão eles? Jesus não nos deixa no escuro. Eles são “os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições” (Marcos 4.19). As preocupações começam como um fio de água muito fino escorrendo-nos pela mente. Se permitido, ele vai abrir um canal mais fundo, para o qual são levados outros pensamentos.

A terceira espécie de espinhos, é a verdadeira assassina, “as demais ambições”. Esse é o retrato da insatisfação, a tortura da busca: empurrando, espremendo, esticando e agarrando implacavelmente, enquanto nossa mente acaba sufocada pela mentira: “o suficiente não basta”.
Jesus terminou seu breve discurso com a frase familiar: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Marcos 4.9).

Quando os espinhos da vida nos arranham precisamos da tesoura de poda da Palavra.


REFLITA

A má notícia é esta: ouvir não vai afastar os espinhos: por mais que nos concentremos e aceitemos os ensinamentos de Jesus. Os espinhos surgem no território chamado depravação.
A boa notícia é esta: ouvir - quero dizer, dar atenção de fato à semente - resulta em raízes mais profundas e fruto maior. Os espinhos não podem sufocar esse crescimento saudável.
Jesus continua falando, mas se não tivermos cuidado, vamos deixar que nosso sufocamento mental abafe sua voz. As coisas que nos sufocam crescem bem em ambientes confortáveis, ainda que pareçamos estar ouvindo.
De que forma esses espinhos podem estar invadindo sua vida?
Preocupações?
A fascinação da riqueza?
As demais ambições?

Fonte: Livro Dia a dia com Charles Swindoll

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Espelho, espelho meu...



Acabei de ler um texto escrito por um colega de profissão, que usou as entrelinhas para se exaltar e contar seus feitos. Não raro, encontramos outras pessoas tão cheias de si que se elogiam abertamente, com naturalidade.
Sempre quando vejo essa situação lembro de Provérbios 27.2:
“Ninguém elogie a si mesmo. Se houver elogios, que venham dos outros”.
Coincidência ou não, acabei de receber um texto em meu e-mail cujo título é “A auto-descrição de Jesus”.

Há na Bíblia um versículo onde Jesus se descreveu com suas próprias palavras. E usou apenas duas para isso. Ele poderia ter dito: “eu sou sábio e poderoso”, ou “sou santo e eterno” ou ainda “sou onisciente e absolutamente divino”, e todas essas descrições estariam corretas. Mas veja só como ele se descreveu:

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês. Tomem sobre o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.” (Mateus 11.28-29)

Eu sou manso. Eu sou humilde. Esses são termos de servidão. Manso e humilde não denotam fraqueza ou insignificância, mas sim altruísmo e consideração.

O maior propósito de Deus é nos tornar cada vez mais semelhantes a Jesus, conforme diz o texto de Romanos 8.28-29: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogenitor entre muitos irmãos”.

Quer semelhança maior do que nos encaixarmos na auto-descrição de Jesus?
Alguém aí pode se descrever como manso e humilde de coração?

Hmm… acho que não. Mas tomar consciência do próprio pecado  já é um grande passo. Que Deus nos ajude a cada dia e nos transforme à sua imagem e semelhança.

Aline Cândido

Fonte: Improving your serve: the art of unselfish living. Charles R. Swindoll, Inc.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

É hoje!


Viramos a folhinha do calendário e fazemos planos para o ano novo. Acho importante traçar algumas metas, mas mais importante ainda é saber viver o dia de hoje. Costumo me planejar mas nos últimos anos estou aprendendo a viver cada dia intensamente. Muitos me perguntam se não tenho saudades da época em que minha filha era um bebê. E eu respondo sem dúvidas: não, não tenho. E não é porque foi uma época ruim, ou porque ela me deu muito trabalho, nada disso. Não tenho saudades simplesmente porque vivi cada dia intensamente. Me concentrei 100% no que estava fazendo. Vivi cada dia como se fosse o último. E hoje não penso nos dias que se foram - hoje eu vivo o HOJE.

Dias atrás li um texto do Pr. Chuck Swindoll que falava sobre isso. Ele dizia que a cada amanhecer chega à nossa porta um novo pacote chamado "Hoje". E que Deus nos criou de tal forma que podemos lidar apenas com um pacote de cada vez. Por isso Jesus nos ensinou a orar "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje" (Mateus 6.11). Podemos nos preocupar e ansiar pelo dia de amanhã, mas em vão, pois "quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?" (Mateus 6.27).

Por mais que tentemos, não temos controle sobre os dias que virão. "Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua" (Provérbios 16:1).

Eu sei, eu sei, não é fácil. Quanto mais o tempo passa e nos damos conta das responsabilidades e cargas que a vida traz, mais ansiosos e preocupados ficamos. É um exercício diário voltar aos braços do Pai e nos submetermos a Ele, "lançando sobre ele as nossas ansiedades, pois Ele tem cuidado de nós" (1Pedro 5.7).

Depois de ensinar a oração do Pai Nosso, Jesus disse: "…Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal" (Mateus 6:34).

Outros versículos vieram à minha mente sobre esse mesmo assunto:

"Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus." (Filipenses 4:6-7)

"Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!" (Lamentações 3:22-23)


Desejo um Feliz 2014 para todos, mas acima de tudo: um maravilhoso HOJE pra você!


Aline Cândido

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Texto original do Pr. Chuck Swindoll: http://www.insight.org/resources/devotionals/determination.html