terça-feira, 29 de março de 2016

Fim. E recomeço.


Fim da linha. Escuridão. Inverno. Morte. Fim dos sonhos. Desesperança.

Foi assim que se sentiram os discípulos, quando viram Jesus morto na cruz. Aquele que ia trazer a redenção do povo judeu, o Rei dos Reis, havia morrido. Como foi que isso aconteceu? Como Deus pôde abandonar seu Filho e frustrar a esperança de um povo que clamava por libertação?

Como é difícil enxergar vida diante de um cenário de morte. Como é difícil enxergar qualquer coisa quando os planos se frustram, quando a vida apresenta um beco sem saída, quando perdemos o controle e o barco é chacoalhado pelas ondas na tempestade que não dá trégua.

As mulheres que foram ao túmulo no domingo pela manhã, carregavam suas tristezas e especiarias aromáticas para preparar o corpo morto de Jesus. Não estavam preparadas para a notícia que receberam e ficaram perplexas quando o anjo lhes disse:

“Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou!” (Lucas 24.5-6)

Elas esperavam morte… e encontraram vida!

Naquele mesmo dia, dois dos discípulos que caminhavam até o povoado de Emaús, choravam a morte de Jesus, lamentavam o ocorrido, olhavam para o chão entristecidos. O próprio Jesus ressurreto apareceu a eles, mas “seus olhos foram impedidos de reconhecê-lo” (Lucas 24.16).

As mulheres já tinham lhes falado que o túmulo estava vazio, alguns dos seus companheiros já tinham ido até lá e confirmado o que as mulheres disseram, mas mesmo assim, eles não creram. Não enxergavam além de suas próprias frustrações.

Somente o próprio Deus pode nos tirar da espiral da depressão, da desesperança, mudar o foco da nossa visão, e mais do que isso, nos levar da morte à vida.

Mas entre a Sexta-feira da crucificação e o Domingo da ressurreição, existe o Sábado. Ah, o Sábado… o dia que foi separado para descansarmos em Deus. Será que conseguimos parar tudo e entrar nesse descanso? Conseguimos entregar tudo a Ele e esperar pacientemente que o Senhor do Sábado atue?

“Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus;… esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair…” Hb 4.9-11

Não existem atalhos. Para chegar no “domingo”, precisamos necessariamente passar pelo “sábado”.
Que Deus nos ajude a descansar nele. Pois somente com Ele vem o recomeço, o renascimento, a novidade que transforma a nossa vida! 

Feliz Páscoa a todos! 

Aline Cândido

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