sexta-feira, 10 de abril de 2015

Sobre a morte



De tempos em tempos a morte mostra suas caras. Às vezes ela vem de repente, sem avisar. Outras vezes vem lentamente, ocupando espaço em nosso corpo por meio de alguma doença. Às vezes ela desafia a lei natural e leva embora os mais novos. Incontáveis vezes as crianças são vítimas dela - seja morrendo ou ficando órfão de alguém próximo.

A morte deixa um gosto amargo na boca, um nó na garganta, uma tristeza enfraquecedora e algumas vezes, revolta.

Eu odeio a morte com todas as minhas forças. E choro pensando que não era pra ser assim. Não eram esses os planos de Deus.
 
O pecado entrou na história humana quando o primeiro casal - Adão e Eva - comeu o fruto da Árvore do Bem e do Mal.1  
Deus disse:
“Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá” Gênesis 2.17.
“A partir de agora eu cuido da minha vida” é o que o ser humano diz a seu Criador. “Você não tem nada a ver comigo, quem vai dizer o que é certo ou errado, o que é bem e o que é mal, sou eu”.1

Foi assim no princípio e é assim para alguns até hoje. O homem teve a pretensão de ser independente e autônomo, porém, ele continua sendo um ser humano. Ele consegue controlar algumas coisas, mas a morte? Quem pode com ela?

Acabamos de passar pela Páscoa, onde comemoramos o fato de que um homem venceu a morte. Jesus Cristo, filho de Deus.

Quando a morte passeia por aqui eu me sinto triste, frustrada, impotente. Mas quando eu lembro de Jesus, da Páscoa, dos planos de Deus para solucionar a morte… eu só posso sorrir e agradecer.

Para aqueles que já descobriram suas limitações humanas e já reconheceram em Jesus, um amigo e um Deus, que se fez humano e que deu a sua vida por nós - para estes - a morte não tem a palavra final.

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá." João 11:25

Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá! Como eu amo esse versículo! Eu esfrego ele na cara da morte!

Nessa vida experimentamos todo tipo de aflição, nossa alma e nosso corpo sofrem. Mas “a nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso.” Filipenses 3.20-21

“A ilustração da semente que, depois de plantada, morre e ressurge como planta viva é, na melhor das hipóteses, uma simples comparação, mas talvez lance alguma luz sobre o mistério do corpo da ressurreição. É preciso, porém, ter em mente que seremos ressuscitados para valer, que estaremos vivos para sempre! O corpo que morre não manifesta beleza, mas, quando ressuscitar, será glorioso. Sepultado em fraqueza, ressurgirá poderoso. A semente plantada é natural. Essa semente faz nascer o que é sobrenatural. É a mesma semente, o mesmo corpo! Mas que diferença entre o que morre fisicamente e o que ressurge em imortalidade espiritual!” 1Coríntios 15:42-44 (Bíblia A mensagem).

Com Cristo, a vida não acaba aqui. A morte está morta! Aleluia!

Jesus prometeu que estaria com a gente todos os dias, até o fim dos tempos (Mateus 28.20) e só quem crê e vive com Ele pra saber que é exatamente isso o que acontece. Deus está presente em TODOS os momentos, alegres ou tristes. Deus acalma e dá paz aos corações feridos pela morte. Ele estende seus braços por meio dos abraços de familiares e amigos, irmãos de fé que se entristecem junto com a gente. Em cada detalhe vejo Deus agindo (e isso deve parecer uma loucura para os que não crêem).

Se por um lado posso dizer “como eu odeio a morte”, posso dizer com mais força ainda “como eu amo esse Deus, que me amou mais do que tudo e venceu a morte! Sim, eu creio nEle, não por medo ou fraqueza, mas por reconhecer Seu amor e querer amar como Ele”!

Que Deus console a todos que são atravessados pela morte.

Aline Cândido



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1 - Ed René Kivitz - Livro Talmidim, pg 14


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