quinta-feira, 5 de abril de 2012

A última Páscoa


Leia Lucas 22.7-38

A situação era comum. A Páscoa era comemorada pelos judeus desde dos tempos de Moisés. E os discípulos provavelmente já tinham comemorado a Páscoa com Jesus nos dois anos anteriores. Era mais um dia, mais uma Páscoa na vida daqueles homens.

Quando entramos na rotina e colocamos tudo no "automático", deixamos de reparar nas pequenas coisas, nos detalhes, perdemos informações que não estão tão à mostra para nós.

Jesus revelou coisas muito importantes naquela Páscoa, mas os discípulos não assimilaram.
Enquanto Jesus partia o pão e dizia "Esse é o meu corpo que será partido por vocês", Tomé na outra ponta da mesa gritava "Pedro, passa o ketchup!" (rs).

Foi ali, naquela mesa, naquela Páscoa "comum", que Jesus revelou entre outras coisas que:

  • Seria a última Páscoa que Ele comeria com os discípulos antes de sofrer (v. 15). Depois daquela somente no Reino de Deus;
  • Que o sangue dEle seria derramado e o corpo dEle partido por nós (v. 19-20);
  • Que um dos discípulos era o traidor (v. 21).

Grandes revelações, não é mesmo? Mas sabe qual era o assunto entre os discípulos? Quem deles era o maior. Claro, porque afinal de contas, se Jesus ia deixá-los, alguém deveria assumir o comando (!).

Será que estamos, assim como os discípulos, com ouvidos tapados para o que Jesus está dizendo?
Estamos ocupados demais com coisas menores da nossa natureza humana?

A ficha deles só caiu quando o próprio Jesus já ressurreto apareceu a eles.
Ele lhes disse: "Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o que os profetas falaram! Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória? E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras." Lucas 24.25-27

É Páscoa! Jesus já morreu e ressuscitou por nós. Será que vamos ouvi-lo apenas no dia em que Ele voltar?

"Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma foram como o viram subir" (Atos 1.11).

Maranata!

Aline Cândido

Um comentário:

Guilherme Arruda disse...

o Philip Yancey faz um comentário pertinente no livro ''O Jesus que eu nunca conheci'' que assim como os discípulos ficaram aturdidos e desorientados no sábado depois da morte do Senhor Jesus, muitas vezes nos encontramos assim na vida, num 'sábado da existência', esperando pela volta do Senhor.
A diferença é que ali eles não atinavam para a iminente volta (logo no dia seguinte) e que hoje esperamos o retorno final, em glória, do Cristo ressurreto.
Hoje o retorno está cada dia mais próximo mas será que atinamos para isso? Ou temos vivido dias comuns, sem cair a ficha que Ele vem sem demora?
“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Ap 22.12)