quinta-feira, 2 de abril de 2009
A saborosa tentação
- Joãozinho, não encoste nesse vaso, ele é de criiistaaaaalll!
- CRASH!
É incrível como algumas crianças adoram fazer o que é proibido. A frase “Não pode” é entendida como “Fique à vontade filhinho, pode quebrar tudo o que ver pela frente”. Mas esse comportamento não é exclusivo das crianças, a maioria dos adultos sabe distinguir o certo do errado, a própria bíblia pode ser usada como um manual de conduta, mas “a natureza humana se rebela contra toda espécie de restrição” – disse Charles Spurgeon* – “somos tão maldosos que passamos a praticar um ato ilícito no momento em que descobrimos que ele é proibido.
O pecado é saboroso. Quer um exemplo? Fofoca. A bíblia nos alerta em várias passagens que não é certo fazermos fofoca: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo. Não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor” (Levítico 19.16). Mas a nossa natureza humana tem apetite pelo pecado, tanto que Salomão atesta isso em Provérbios 18.8: “Os mexericos são tão deliciosos! Como gostamos de saboreá-los!”.
É a natureza humana lutando contra a natureza de Deus em nós. Diariamente somos tentados a fazer o que é errado. Diferente da provação, a tentação tem como principal objetivo nos tirar do caminho de Deus, dar poder para nossa natureza humana que, apesar de tudo, continua existindo.
Até Jesus foi tentado – no deserto por Satanás (Mateus 4.1-11) e também a fugir da cruz (Mateus 26.36-46). Como ser humano ele lutou contra a tentação e deixou que sua natureza divina falasse mais alto. “Vigiem e orem para que não sejam tentados. É fácil querer resistir à tentação; o difícil mesmo é conseguir” ou em outra tradução “o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41).
Para vencer as tentações é preciso estar alerta e orar sempre. Podemos contar com uma grande ajuda: “Agora Jesus pode ajudar os que são tentados, pois ele mesmo foi tentado e sofreu” (Hebreus 2.18).
*Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) foi o mais conhecido pregador da Inglaterra pela maior parte da segunda metade do século XIX.
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